Mas nada via!
Será que mais nada ouvia?
Senão o que ali se fazia: uma dança.
Para trás e para a frente o ritual era frenético.
Mexiam, tocavam, beijavam…
Também eu queria entrar naquele frenesim
E sair de mim agarrar-me a ti.
Olhava mais uma vez e nada mais.
Só tu e o desejo de te ter.
Agraciada pelo momento de te possuir
Amar-te só pelo que o amor era.
E assim via que nada mais era senão
Aquele ínfimo desejo de partir para um amor atroz!
Ah! Como eram loucos aqueles sentimentos,
Em que o possuir não era mais do que o ter.
E de repente o querer passou a ser real,
E o mais inocente dos desejos tomou forma e consciência
Abriu as mãos e tocou…
Acariciou, beijou e amou, como nunca havia amando jamais…
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