quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma primeira vez…


Olhava para ti naquela praça

Mas nada via!

Será que mais nada ouvia?

Senão o que ali se fazia: uma dança.

Para trás e para a frente o ritual era frenético.

Mexiam, tocavam, beijavam…

Também eu queria entrar naquele frenesim

E sair de mim agarrar-me a ti.

Olhava mais uma vez e nada mais.

Só tu e o desejo de te ter.

Agraciada pelo momento de te possuir

Amar-te só pelo que o amor era.

E assim via que nada mais era senão

Aquele ínfimo desejo de partir para um amor atroz!

Ah! Como eram loucos aqueles sentimentos,

Em que o possuir não era mais do que o ter.

E de repente o querer passou a ser real,

E o mais inocente dos desejos tomou forma e consciência

Abriu as mãos e tocou…

Acariciou, beijou e amou, como nunca havia amando jamais…

bUbULET@

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